Anarquismo
O anarquismo foi uma
doutrina cujo objetivo era eliminar todas as formas de governo compulsório, o
que podemos generalizar como contrarias a qualquer tipo de ordem hierárquica.
Outra
forma de entendimento é uma sociedade com liberdade total.
Essa
filosofia política era contra qualquer tipo de instituição que envolva relação
de autoridade tais como o casamento, escolas tradicionais, o governo e a
polícia além de defender o fim do Estado, do sistema capitalista e da
propriedade privada.
Em linhas gerais podemos dizer que este movimento era
em busca de uma sociedade baseada na igualdade. Muitos eram contrários a esse
regime, pois diziam que ele era sinônimo do caos e com isso surgiram regimes
antianarquistas.
Havia
a ideia de humanista que rejeitava o Estado e o governo, sendo eles
dispensáveis, pois acreditava que os grupos humanos seriam capazes de se
organizarem de forma igualitária.
O
principio de Liberdade era o básico para qualquer pensamento, porem ela só
aconteceria se não houvesse qualquer forma de autoridade.
Para
os anarquistas o antiautoritarismo era a total rejeição de qualquer forma de
hierarquia imposta e pela ação direta (greves, boicotes e desobediência civil)
garantir as condições humanas básicas.
Eles
também acreditavam que a existência de todas as espécies vinha da solidariedade.
OS
principais movimentos com caráter anarquistas foram os movimentos do
proletariado do século XIX e a era da Guerra Civil Espanhola com lutas contra o
fascismo.
Rerum Novarum
Rerum Novarum foi um termo
utilizado em uma carta encíclica escrita pelo Papa Leão XIII em 1891, aberta a
todos os bispos sobre as condições das classes trabalhadoras.
OBS: Carta encíclica é um documento pontifício dirigido aos bispos de todo o mundo e,
por meio deles, a todos os fiéis.
O Papa abordava questões iniciadas com a
revolução industrial tais como seu apoio a formação de sindicatos e aos
direitos da propriedade privada e sua opinião contraria ao socialismo.
Esta
encíclica pode ser dividida em quatro partes:
v
Questão social
relacionada ao socialismo no que diz respeito à ideia de propriedade privada, pois
acreditava que o direito a propriedade era fruto do trabalho de cada um.
v
Questão social relacionada com a igreja
considerou errada a ideia de que não haveria possibilidade de igualdade entre
ricos e pobres e que sem a ajuda da igreja esses esforços não teriam êxito.
v
Questão social relacionada ao Estado fala sobra
a propriedade e a paz, adequando o regime de trabalho para melhorar a vida do
trabalhador semelhante as ideia do Fordismo.
v
Questão social relacionada a ações entre patrões
e trabalhadores defendia as associações de socorro e previdências e
principalmente as associações de operários.
Para concluir este documento serviu como ponto inicial para
o relacionamento entre a igreja e o mundo da época, fazendo-a trabalhar em
busca de soluções para os problemas vividos pela humanidade.
Revoluções
européias 1820, 1830, e 1848
Varias revoluções se
desencadearam nos anos de 20, 30 e 48 do século XIX.
Os fatores que levaram a essas revoltas foram queda
de colheitas, situação de miséria do proletariado, ausência de garantias e
direitos fundamentais para o trabalhador, repressão à liberdade de expressão,
aliança temporária entre setores da pequena e média burguesias com o
proletariado e ideais nacionalistas, liberais e socialistas.
Ciclo revolucionário de 1820 é o
nome que explica o conjunto de processos revolucionários que aconteceram na
Europa, foi à primeira “onda revolucionaria depois das Guerras lideradas por
Napoleão Bonaparte que foram repetidas em 1830 e 1848.
1820: Depois das invasões francesas a Portugal e a vinda da família real para o
Brasil o país ficou abandonado a mercê de oficiais ingleses.
Os
portugueses se sentiam abandonados pelo rei Dom João VI que substituirá a
metrópole para a colônia do Brasil, havendo a retirada de recursos para colônia
e o desequilíbrio econômico.
Nos
anos de 1817 e 1818 aconteceram agravantes para o desencadeamento da revolução
tais como a execução de doze portugueses e a formação de uma associação secreta
chamada o Sinédrio que intervia na atividade política se necessário.
Em
1820 houve a vitoria do liberalismo na Espanha e aumento no numero de membros
do Sinédrio. No dia 24 de agosto, o exercito se revoltou no Campo de Santo
Ovídio, no Porto. Tomaram a regência do reino e redigiram uma constituição.
Em
dezembro desse mesmo ano houve a organização de eleições para a Corte e
solicitaram o regresso do Rei. Em janeiro do ano seguinte elegeram um novo
governo e um novo regente até a volta do rei.
Houve
também outras revoluções na Europa como na Alemanha, Itália, Grécia e Espanha.
1830: Carlos Filipe de Bourbon, também chamado de Carlos X fez a dissolução da
Camara dos Deputados e impôs a censura como forma de contenção ao liberalismo o
que ocasionou em julho desse ano uma revolução liderada pela alta burguesia que
conseguiu depor Carlos X sendo substituído por Luís Felipe D’Orleans.
Fora
esta revolução ocorrida na frança houve também a libertação da Bélgica da
Holanda e tentativas mal sucedidas de unificação da Alemanha e da Itália e de
libertar a Polônia. O movimento teve repercussões na Espanha e em Portugal. No
Brasil, um forte movimento de oposição popular levou o Imperador Dom João à
abdicação.
1848: França
- Com as classes populares descontentes, liderados por liberais e socialistas,
rebelaram-se contra Luís Felipe e seu ministro Guizot que foram derrubados do
poder. Depois de outras revoltas devido à repressão aos trabalhadores levaram a
colocação de Napoleão Bonaparte que deu um golpe de Estado e implantou a
ditadura.
Atual Alemanha – Em muitos
estados da Alemanha ocorreram manifestações populares, revoltas e um movimento
por um parlamento nacional eleito que projetasse uma nova Constituição em
defesa de uma Alemanha unificada.
Áustria - A revolução na
Áustria foi favorecida pelo enfraquecimento da monarquia, pelo desenvolvimento
de uma corrente liberal na sociedade burguesa e aristocrata de Viena e pela
reivindicação de um reconhecimento dos povos de idioma não germânico: poloneses, tchecos, romenos, croatas,
italianos do norte e principalmente os húngaros, que dispunham de um
governo.
Checoslováquia - Em Praga, Rieger conseguiu a
aprovação de uma constituição liberal, a Carta da Boêmia, que reconhecia
os direitos históricos do povo tcheco. A vontade de afirmar a identidade eslava
face ao germanismo concretizou-se, no dia 2 de junho, com a reunião do Congresso
Pan-Eslavo em Praga, iniciativa do historiador Frantisek Palacký. O Congresso Pan-Eslavo
inspirou manifestações nacionalistas tchecas, reivindicando autonomia numa
Áustria federativa. Esse congresso foi dissolvido militarmente.
Atual Itália – Foi onde a onda
revolucionária teve seu foco inicial, a Revolução de 1848 teve um caráter
extremamente nacionalista, com uma tripla aspiração: à liberdade, à unidade e à
independência italianas.
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